Uma mulher em formato 21×28
Eu concordo com Caetano: cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é… Tenho um jeito peculiar de ver o mundo e lidar com as coisas. Feliz ou infelizmente, sou passional. Ou tem amor envolvido ou para mim não rola…
Eu preciso sentir. Meu coração precisa participar da minha vida para que eu esteja feliz.
Eu gosto de abraçar as pessoas! Gosto de olhar nos olhos! Gosto de conversar e ainda mais de rir! Preciso me sentir conectada ao outro. Amo aprender e aprendo melhor amando o objeto do meu estudo. Para que eu seja a minha melhor versão, necessito amar as minhas atividades, sejam elas familiares, profissionais, filantrópicas ou de lazer! Ou me apaixono pela roupa que vou comprar ou nem levo porque sei que não vou usar. Um filme para ser bom tem que fazer meu coração pulsar.
Quando me proponho a fazer alguma coisa, dou o melhor de mim. Entrego-me a esta atividade de corpo e alma e este amor vai se manifestar em cada detalhe do resultado final.
Sou contemplativa… paro para escutar o céu azul que fala de imensidão, para ouvir as nuvens conversando sobre efemeridade e o sol, este lindo, que nos explica sobre o significado de doação.
Amor, otimismo, empolgação, entrega, envolvimento e intensidade são adjetivos que me definem…
E o lado B do disco? Quando era mais jovem, achava que eu era um ET ou que tinha sido abduzida por um. Levei altos tombos, decepcionei-me “algumas” vezes e sofro com o sofrimento alheio. Desisti. Magoei. Errei. Fui rejeitada por algumas pessoas que a vida colocou no meu caminho e que, certamente, não convivem bem com espontaniedade e afeto. Sou criticada por este jeito “alice” de ser e também sou tachada de “burra” porque me envolvo “muito” e faço “demais” para os outros. De quando em quando, preciso de alguns períodos de sozinhez e sim, por vezes me sinto só.
Ocasionalmente, sonho em ser mais “racional e pé no chão” e me pergunto se quem diz que sou “alice” não está certo mesmo. Por outro lado, quando estou com minha família inventando moda, quando abraço forte uma amiga, quando posso ajudar alguém, quando aprendo uma coisa nova, quando tiro uma foto do entardecer, quando escrevo um texto ou quando finalizo um projeto, amo ser quem sou…
O autoconhecimento que promove a aceitação e validação de quem somos é um processo de “em construção” eterno… Acho que é igual fazer reforma na casa da gente, sabe como? Quando você acha que está quase pronto, vê mais algumas coisas para consertar… Ou quando está tudo bem certinho, você sente uma comichão e começa a arquitetar melhorias e expansões.
Escrever tem sido uma excelente ferramenta de autoconhecimento e conexão com o outro. Um refúgio – o conhecido – que promove aquela aconchegante sensação de se sentir “em casa”, acolhido e seguro. E o livro que lanço em dezembro* – o desconhecido – que faz meu coração se sentir aventureiro. Algo que sonhei “ontem” e que se manifesta amanhã. (E o amanhã é literal, porque a gráfica vai entregar nesta segunda!).
Um pedaço de mim em formato 21×28 cm e 4×0 cores: “Amiga, coloque a calcinha pra dentro da calça” e outras conversas”. Um coletivo de crônicas, contos e muito amor!
Vocês fazem parte desse capítulo da história da minha vida. Minhas leitoras de todos os domingos e também, minhas amigas e confidentes! Espero que vocês possam estar comigo neste momento tão feliz, cheio de sentido e significado pra mim!
Um beijo,
Dani
* Serviço:
Dia 12/12 – 20h – Live de lançamento virtual no grupo Clube da Alice.
Dia 19/12 – 19h30 – Noite de dedicatórias