Saudações!

Este ano resolvi voltar aos bancos escolares. Estou cursando o primeiro período de Psicologia. Depois de 26 anos voltados à educação e uso responsável de tecnologia, resolvi ampliar meus horizontes e me dedicar de corpo e alma a esta nova jornada.

Em sala de aula há uma harmoniosa diversidade: “aspirantes a terceira idade” como eu, jovens, calouros e veteranos e me sinto feliz em meio a estes novos companheiros.

Na última semana, após uma apresentação de trabalho, minha colega se queixava de si mesma, acusando-se de não se apresentar bem em público, de não ter ido bem em uma avaliação e que já havia pensado em desistir de tudo, afinal ela “só fazia coisas erradas ou malfeitas”. Que ela, comparada aos demais, não sabia nada!

Não me contive! Tive que conversar com ela e explicar que somos todos caminheiros da mesma estrada da vida. Como tais, de mochila nas costas e peito aberto, caímos e levantamos, acertamos e erramos e este é o movimento natural da vida humana.

Ousei dizer que acertos e erros não existem. Tudo que vivemos são experiências que nos ensinam como fazer ou não fazer determinadas coisas. Não há nada de errado no mundo. Tudo nos permite aprender!

Como o rosto dela foi se distendendo num gracioso sorriso, continuei… Ponderei que nosso referencial de autoavaliação deve ser única e exclusivamente nós mesmos!

O que eu melhorei em relação a mim mesma, desde que fiz minha primeira apresentação?

Quanto evoluiu o meu texto em relação ao meu último artigo?

Mais confiante, ela balançou a cabeça e sorriu com os olhos, contando que estava compreendendo!

Eu feliz, arrematei: amiga, eu sempre me “matei” para ser “a perfeita”. Tive muita dificuldade em aceitar que posso errar e esforcei-me por dar conta do que eu podia e não podia! E com tudo isso ainda me considerava atrapalhada e incompetente! Hoje, mais madura e menos exigente comigo mesma, vivo o seguinte lema, meu compromisso é com a felicidade e não com o sucesso!

Faço o que me faz feliz, do jeito que me faz feliz e com quem me faz feliz, correndo entusiasticamente o risco dos insucessos. Se não deu certo, faz parte! Se ficou incompleto, acontece! Se não consegui hoje, amanhã dou conta!

Aceitar-se como um caminhante na estrada da vida, olhando para os lados e vendo que TODOS estão nas mesmas condições e que dispõem das mesmas ferramentas que nós, apenas diferenciados pela cor dos olhos e ritmo, é algo tranquilizador e libertador!

Finalmente, apanhei minha bolsa e caderno e me despedi do grupo, deixando minha nova amiga de sorriso aberto e com o coração mais sereno e esperançoso!

Que nosso único compromisso seja com nossa felicidade! E o sucesso? Ah! O sucesso é consequência!

Um beijão,

Dani