Saudações!
Estas últimas duas semanas tenho acompanhado alguns posts de mães preocupadas sobre o conteúdo disponibilizado pelo Youtube, que é de fácil acesso à crianças e adolescentes.
Eu atuo na área de uso responsável de tecnologia desde 2000, discutindo a temática, palestrando para pais e professores, escrevendo artigos e por ai afora.
Assim, senti-me convocada a esclarecer o assunto e orientar as nossas alices mamães e àquelas que auxiliam na criação de sobrinhos, primos, irmãos e afilhados!
Vamos contextualizar um pouquinho a situação para entendermos a dimensão, profundidade e complexidade do problema!
A tecnologia nos pegou de surpresa. Encantou-nos, seduziu-nos e a todo momento continua nos bombardeados por novos recursos e funcionalidades.
Ouso dizer que nos viciou.
Nossos filhos vivem tal realidade. Além de sua identidade real, têm identidade virtual. Conectados por multicanais, eles vivem quase num mundo paralelo. Eu pergunto: você conhece esse outro universo onde seu filho está inserido? Sabe orientá-lo nesse plano virtual?
A premissa de que seu filho é sossegado, calmo e está seguro porque vive no quarto sem “badalar”, apenas se distraindo no computador, é falsa.
A internet hoje é uma grande teia, da qual nossos filhos podem ser as maiores presas. Sabe por quê?
Porque eles não têm a devida formação e orientação sobre isso, como no mundo real. Você ensina que não se deve falar com estranhos, aceitar balas ou tomar bebidas no copo de desconhecidos, e faz outras tantas recomendações porque tem conhecimento de causa.
E no mundo virtual? Você sabe exatamente por onde seu filho navega? O que ele acessa? E o pior, o que ele pode acessar?
Não alarmando, mas apenas orientando: pare para refletir sobre isso.
a) NADA É SEGURO na internet. A expressão “terra de ninguém” nunca foi tão verdadeira. Apesar da legislação vigente ser aplicada a crimes virtuais, todo cuidado é pouco. Oriente seu filho a nunca se identificar na web. Seja na escolha do endereço de e-mail,, em blogs e sites de relacionamento, como o Facebook. Isso inclui nome e sobrenome, fotos pessoais (principalmente as individuais) e quaisquer outras características que possam conduzir os predadores on-line ao mundo real.
b) Acompanhe o que ele está fazendo! Nada de computador no quarto de porta fechada. O ideal é que essa ferramenta seja compartilhada por toda a família como qualquer outro eletrodoméstico da casa. O local ideal é aquele onde todos estejam reunidos. O celular também deve ser utilizado com supervisão, especialmente pelos pequenos!
c) Se seu filho curte filmes, evite o Youtube. Caso não tenha acesso a alternativas como Netflix, existe programas como Vdownloader ou Youtuber cacher que vc consegue baixar os filmes para o seu computador, evitando assim o acesso a conteúdos indesejados!
d) Verifique a forma como a internet é utilizada na escola. Pesquisa livre na web é sacrilégio. Como não há regulamentação sobre o conteúdo publicado, a pesquisa livre é uma ponte para saberes errados, equivocados, para conteúdos desclassificados. Experimente digitar as palavras “boneca” ou “cavalo” num site de busca de imagens. Você vai se horrorizar com o resultado… Trabalho pedagógico na internet tem que ser estruturado. O professor deve indicar os sites de pesquisa, e não deixar a “coisa solta” e sem consistência.
e) Questões de invasão de privacidade à parte, verifique os sites acessados, pelo histórico, pelos cookies e, em caso de insegurança, instale um dos programas de filtragem disponíveis no mercado. Prevenção ainda é o melhor remédio.
Maezinha, deixar seu filho livre na internet é o mesmo que dar uma arma nas mãos dele e torcer para que não se machuque, apenas rezando para o santo anjo da guarda! Mesmo que não tenha domínio tecnológico, não se exima da sua função de orientador maior. Informe-se, busque mais informações, ACOMPANHE esses movimentos de perto.
O assunto é gigante e este texto pode ser considerado a ponta do iceberg.
Estamos organizando uma palestra para agosto para que possamos discutir a temática com mais tempo e abrangência!
A ideia é algo de viés social, com a entrada custeada por um cobertor para a campanha do agasalho.
Quem topar, deixe um “ok” nos comentários para termos ideia do volume de participantes!
Beijos,
Dani