Entrelinhas da capital paranaense
Em Curitiba, a capital paranaense, todo domingo tem uma feirinha de artesanato. Faz tempo que de feirinha não tem nada: virou feirona! Um passeio ímpar que fala da nossa gente, da nossa cultura e das nossas tradições. Simplesmente amo e recomendo a todos.
Certa manhã, resolvi unir o útil ao agradável, indo à missa na igreja do Rosário, que frequentei nos tempos de menina enquanto estudava no Colégio da Divina Providência e que fica no coração da feira.
A mente de quem escreve não para… observa tudo e adora ler as entrelinhas… Adora aprender com o cotidiano, com as pessoas que a cercam e com as situações inusitadas que a vida oferece. E aquela manhã guardava para mim aprendizados valiosos.
Deixamos, eu e meu marido, o carro em um estacionamento com tecnologia de ponta! Fiquei pasma! Um senhor de cerca de 80 anos, controlava a entrada e saída dos veículos na ponta da caneta!
Pensei: caraca! Ele deve lembrar os números de telefone das pessoas da família melhor que eu e fazer contas de cabeça melhor que a caixa para quem dei 21 reais para pagar 16 e que recorreu à calculadora!
Ou seja: old but gold. A mente humana ainda é a mais surpreendente das tecnologias que conheço!
Fomos caminhando e chegamos na frente da igreja, que tem um chafariz enorme, o “Cavalo Babão” no qual um mendigo banhava alegremente seu cachorro. Uma história que me pareceu em sintonia com a lenda urbana que envolve a “Fonte da Memória”: ambas falam sobre amor e respeito aos animais.
Ou seja, para conhecer o coração de uma pessoa, não basta olhar o que ela tem mas sim o que ela dá àqueles que a cercam.
Quando finalmente entrei na igreja do Rosário tomei um susto. Ela estava bem menor do que me lembrava…
Ou seja, não são os lugares, coisas ou pessoas que diminuíram, é a gente que cresce! E deve ser por isso também que tem coisas que não enxergo mais! (AMÉM!)
Felicidades minha cidade linda! Sou tua, assim como és minha! Continua me ensinando a ser como você: a soma de todas as partes do mundo! Continua me mostrando, pelas experiências significativas que partilhamos, sobre saber viver! Divide comigo sua sabedoria e seu encanto! Amo-te!
Feliz 325 anos!
Com amor,
Dani
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