Como sermos pais dos nossos pais?

Vamos dizer que, como num passe de mágica, passaram-se 30 anos a partir desse instante. E que nossos filhos tenham, então, praticamente a nossa idade atual. E nós por assim dizer a idade dos nossos pais!!!! Pergunto: Estamos preparados para isso?

O que estamos fazendo hoje para garantir uma velhice digna para nós e, por que não, menos morosa para os nossos filhos, que se tornarão pais de seus próprios pais!?

Essa questão já se faz presente em milhares de famílias. Somos ou seremos pais dos nossos pais!

Sim, o corpo passa por transformações, a memória foge as possibilidades de atividades sociais ou até rotineiras como ir ao mercado ou a feira vai diminuindo, ou até não acontecendo mais.

A avó está bem de saúde mais o avô já não pode dirigir para levá-la ao mercado. O avô ou a avó não está bem de saúde, mas diz não precisar ir ao médico. Como obrigar ou colocar no carro uma pessoa idosa, às vezes debilitada ou até com mais de 100kg, que você tanto ama e que não quer dar trabalho? Não quer ir ao médico?

Assim como compartilhamos momentos agradáveis e acompanhamos nossos filhos no seu dia a dia, se faz necessário compartilharmos momentos especiais também com nossos pais, ou pelo menos, deveria ser assim.

Partilhar tais momentos com eles, muitas vezes, é tão somente tirar um curto espaço de tempo para conversar e estar na presença deles. Levamos nossos filhos ao shopping, às festas, ao parque… e nossos pais? Acompanhar ou levá-los a algum lugar para se divertirem conversarem com outros de sua idade também é forma de demonstrar carinho e respeito para com eles.

Em Curitiba há espaços direcionados a pessoas mais experientes, ou na melhor idade, como o Vivere Bene que realizada atividades para maiores de 60 anos. Há também o profissional da Educação Física – o Personal Trainer -especializado em atender pessoas também acima dessa idade (60 anos) estimulando com paciência atividades físicas próprias para essa fase da vida.

Alguns lares para idosos também oferecem a opção de creches ou como eu prefiro dizer Day use, nos quais é possível passar o dia fazendo atividades sob o cuidado de cuidadores, fisioterapeutas e ao final da tarde retornar para seu lar.

Vale lembrar que mesmo com várias opções de atividades muitas vezes nossos pais e sogros não querem sair, não querem dar trabalho, não querem gastar ou incomodar!

E por isso fica a pergunta:

Como sermos bons pais dos nossos pais?

Pensemos nisso com carinho! Logo seremos nós que precisaremos de cuidados!

A Pricila Santana de Almeida é Administradora de empresas, com especialização em Gestão Industrial e Mestrado em Engenharia da Produção. Mãe de um casal de filhos, adora jogar vôlei e futebol, costurar roupinhas de boneca e acompanhar seu esposo em seu hobby predileto – pesca esportiva.