Comigo não…
Minha vida é bem agitada, fato esse refletido na minha agenda abarrotada de compromissos familiares, profissionais e pessoais.
Nos intitulados “pessoais”, incluem-se: tempo para mim e claro, um tempinho para minhas amigas.
Não conheço nada mais energizante e produtivo do que uma roda de mulheres compartilhando alimentos, experiências, dores, amores e seus corações.
A gente se sente acolhida, compreendida e amparada. Descobre que “não é só com a gente” e que, “vai passar”!
Tudo de bom!
Nesta semana
Nesta semana, não foi diferente. Marquei um café com minha amiga Paula na quarta feira. E se você pensa que vou contar com foi delicioso, você está enganada…
Não rolou!
Eu sai cedo para um evento externo, engatei uma ida a fisioterapia, peguei todo o congestionamento em torno do campo do Atlético, acabou a bateria do celular e quando, finalmente, cheguei em casa para dar uma carguinha, já era tarde demais. Ela tinha me enviado um whats, preocupada com minha demora e por perceber que eu estava totalmente off-line.
Assim que pude, retornei, explicando a situação. Ela entendeu perfeitamente. Eu não…
Eu não
Eu não me perdoava pelo que tinha acontecido. Fiquei me culpando e martirizando, pensando o que eu podia ter feito!
O diálogo inicial entre Dani e Dani foi nesse nível de amor e delicadeza:
– Se você tivesse levado o carregador externo! Por que não pensou nisso?
– Se você tivesse levado carregador normal, poderia ter usado lá na fisioterapia.
– Porque não avisou de um possível atraso quando percebeu que ia ficar sem bateria?
– Será que ela ficou muito triste? Que TIPO de amiga você é! Lamentável Danielle….
Até que me surgiu uma perguntinha bem simples na cabeça: “e se fosse comigo?”.
E se fosse comigo?
Parei completamente o diálogo interno… Como diz meu filho, “deu um tilt” por segundos e logo veio a resposta: eu ficaria “de boa”.
Como Paula é minha amiga, bastava ela dizer: “deu ruim”.
Não seria necessária nenhuma informação adicional. Nem contar o que motivou o atraso, nem que acabou a bateria do celular, nem nada.
Por quê? Porque ela é minha amiga e se ela não foi é porque havia um motivo.
Porque ela é minha amiga e imprevistos acontecem.
Porque ela é minha amiga e entendo que pode errar.
Porque ela é minha amiga e eu a amo!
Porque ela é minha amiga e isso basta.
Dai suspirei fundo e pensei: porque consigo acolher o outro, entender o outro, relevar o outro, ser “de boas” com o outro e comigo não?
Comigo não!
Peguei um copo de suco de laranja para engolir aqueles pensamentos secos, mas não foi o suficiente. Continuei me encarando de frente.
Por que comigo não?
Sorri e disse para mim mesma: tá, vamos tentar, comigo sim!
Acolhi-me naquele momento, respeitando minhas limitações e me perdoando pela falha.
Prometi a mim mesma ser tão generosa comigo como sou com as pessoas que amo e com as quais me importo.
Prometi a mim mesma ser tão leve com minhas imperfeições como busco ser com todos que me rodeio.
Prometi me respeitar e amar como faço com aquelas vidas que a vida coloca para caminhar ao meu lado.
Pude então respirar fundo, marquei uma nova data e agradeci por mais esse aprendizado: comigo sim!
Sigo contigo no amor,
Dani
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