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Vamos falar de Autismo?

SEA, TEA ou AUTISMO: como chamar?


SEA, TEA ou AUTISMO: como chamar?

 

 

Autismo é uma doença? Uma síndrome? Autismo e Síndrome de Asperger são a mesma coisa?

A pesquisa científica em torno desta condição passou por grandes avanços nas últimas décadas nos mais diversos aspectos – neurológicos, psicológicos, terapêuticos, entre outros.

Nessa linha do tempo, o autismo já foi confundido com diversas outras condições que podem ser associadas ou não a ele e já recebeu diversos nomes.

Mais recentemente, as nomenclaturas quem vêm sendo utilizadas são Transtorno do Espectro Autista (TEA), Síndrome do Espectro Autista (SEA) ou simplesmente autismo. Mas, qual destas formas é a mais correta, de acordo com os pesquisadores da área? Dra. Mauren Bodanese, neuropediatra que trabalha há anos no atendimento de crianças e adultos com autismo, é a especialista que nos esclarece essa dúvida.

O termo SEA por vezes é usado coloquialmente, mas, segundo a Dra. Mauren, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª edição (DSM 5), “o termo mais adequado é Transtorno do Espectro Autista (TEA)”.

“A palavra Espectro, nesse caso, faz analogia ao ‘espectro eletromagnético’ (que é o intervalo completo de todas as possíveis frequências da radiação eletromagnética). No entanto, no caso do TEA, ao invés de radiações teremos ‘sintomas’. Assim sendo, a palavra Espectro dá a ideia de um intervalo completo, com todas as possibilidades de gravidade dos sintomas, que podem variar de modo muito leves, com poucos comprometimentos até comprometimentos graves e globais”.

 

 

Ainda de acordo com o DSM 5, o TEA engloba “transtornos antes chamados de autismo infantil precoce, autismo infantil, autismo de Kanner, autismo de alto funcionamento, autismo atípico, transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação, transtorno desintegrativo da infância e transtorno de Asperger”.

Em resumo, o que se chama hoje de Transtorno de Espectro Autista é assim chamado porque o autismo não se manifesta apenas de uma única forma. Ele pode ocorrer em diversos níveis, influenciar a funcionalidade e a sociabilidade do indivíduo em diversos graus, e os sintomas e sensibilidades também variam de acordo com inúmeros fatores: por isso, um espectro.

Lembre-se: dar o nome correto a algo não é um purismo científico da comunidade acadêmica e médica. Trata-se também de uma forma de respeito e de desestigmatizar pessoas que possuem o TEA!

Leia mais no site –  http://superspectro.com.br/

 

 

Laura Fagundes Ramalho é jornalista, proprietária da LFCOM Assessoria em Comunicação, sócia-fundadora do Portal Super Spectro, casada com o empresário Renato Ramalho, mãe do Lorenzo e do Francisco.

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