fbpx
Tudo já existe

Se não tiver muito a oferecer, ofereça tudo o que tiver


Se não tiver muito a oferecer, ofereça tudo o que tiver

O que te impede de começar o seu próprio negócio?

Ou de expandir suas atividades?

Muitas vezes somos freadas por nossas próprias limitações, que talvez nem sejam reais. E o que nos faz ir além é exatamente o oposto disso: acreditar no que é possível, arriscar, fazer diferente. 

Foi isso que a Priscila Manu Stelmach fez quando começou a oferecer o serviço de diarista no Clube da Alice. Na época com dois filhos pequenos, o marido sem emprego e o aluguel batendo à porta todo fim de mês, ela decidiu sair do emprego formal para trabalhar nas diárias, que pagavam um pouco mais do que na empresa.

Mesmo com a dedicação do esposo em procurar uma nova colocação, a situação não melhorava. “Os dias foram passando, a comida acabando e o aluguel atrasado. Eu mandava meus filhos pra casa da minha mãe pra eles não sentirem as necessidades que estavam vindo cada vez mais. O dono pediu a casa se não pagássemos, mas ainda assim nos deu pelo menos 20 dias para achar outro lugar”, conta.

Foi aí que o desespero deu lugar à criatividade e à ousadia. O marido de Priscila resolveu ajudar nas diárias. Assim, podiam limpar mais de uma casa por dia, o que dobraria a renda do casal. E em um dia, entre as vassouras e os panos, ele comentou com a dona da casa que sabia trocar tomadas. Bingo! Ela também precisava de alguém que colocasse os varões da cortina. “Daí pra frente, cada vez que íamos fazer uma diária, ele contava sobre as coisas que sabia e dizia que se alguém precisasse era só ligar”. E não é que ligavam?

Chegou um dia em que uma cliente perguntou se o casal sabia aplicar papel no quarto do bebê e montar o guarda-roupas.

Na prática, a experiência era só com a montagem de móveis dentro de casa, mesmo. Mas eles se dispuseram a aprender e fazer. “Eu pensei, ‘meu Deus, como assim uma mulher tão elegante deixar a gente “sem saber” fazer tudo isso?'”.

O serviço foi bem feito e a cliente recomendou o casal no Clube da Alice. Ela também deu a dica de criarem uma página no Facebook, para divulgar os serviços. Surgiu então a “Tok Retok”, uma página do “casal de aluguel”, que até ampliou a gama de serviços. “Nós fazemos montagem e desmontagem de móveis, aplicamos e retiramos papéis de parede, cortamos e roçamos mato ou grama. Tudo feito com muito amor, mesmo. Meu esposo faz de tudo na verdade, desde montar móveis até concertar um motor. Mas a gente deu prioridade para essas 3 funções.”.

Post de Priscilla no Clube da Alice

Nesse meio tempo, a família aumentou e agora a pequena Emmanuelly, de quatro meses, segura a mamãe em casa por um tempo. Eles deram apenas o que tinham e que conquistaram muito mais do que imaginavam. “Ainda não deu  pra ficar rico financeiramente mais te confesso que mesmo que um dia eu não seja ainda assim valeu a confiança que a gente conquistou e o carinho e o respeito de cada uma conosco”.

E se você só tiver o próprio tempo para oferecer?

Post da Jana no Clube da Alice

Nesse Dia do Trabalho (1º de maio), mais uma Alice deu entrevista em rede nacional depois de ter um post fazendo sucesso no grupo. Janaína Estevão foi convidada para dar entrevista no Encontro com Fátima depois de oferecer o próprio tempo a quem precisasse no Clube.

Jana no Programa Encontro

“Se você está precisando de companhia pra ir em alguma consulta médica, se tem uma mãe ou uma vózinha que precisa, ou você que acabou de virar mamãe e está precisando de uma mão amiga pra passar uma vassoura na casa, dobrar uma roupa, passar um cafezinho com bolo de fubá, ou mesmo pra olhar o baby enquanto você toma um banho mais demorado, ou se quiser apenas conversar estou aqui… Farei sem custo, de coração, sempre levo comigo que sempre temos que oferecer o melhor de nós”. Dizia a mensagem.

O post chegou a quase 3000 comentários de gente impressionada com a disponibilidade gratuita e o gesto de empatia.Ela conta que já faz trabalho voluntário há sete anos, especialmente em lares de idosos, orfanatos e comunidades carentes. “A minha ideia foi atingir pessoas que não têm essa assistência de projetos sociais. Eu pensei naquelas pessoas que são acamadas, pessoas de idade e mães recentes que às vezes precisam de ajuda, precisam de uma apoio e não têm.” Mesmo com o grande alcance da postagem, Jana fez poucas visitas. ‘As pessoas têm medo, não me conhecem. Mas eu tenho ouvido muita gente. A sociedade hoje é muito deficiente em ter alguém para escutar. Eu me propus a isso. Às vezes, as pessoas só precisam desabafar e eu to ali para escutar”. 

Casada desde 2014, Jana tem dois filhos, de 4 e 2 anos.  Está desempregada e por isso colocou o tempo ocioso à disposição de quem precisa. “Teve uma noite que eu perguntei para Deus: ‘será que eu vou conseguir um emprego bom essa semana?’ E na mesma hora pensei: será que eu estou fazendo algo bom para receber algo bom? Porque a gente o que a gente doa, né?” Ela continua de ouvidos atentos para quem quiser conversar e disponível para ajudar. Mas já viu o resultado de sua postagem até mesmo na ação de outras pessoas. “O que mais me deixa feliz é que outras pessoas pegaram a ideia para si e virou uma corrente do bem”. 

Ela deu só o que tinha, e chegou muito longe do que podia imaginar.

E você? O que tem para oferecer? 

COMPARTILHE

ENVIE SEU COMENTÁRIO