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Alice em Forma

Óleo de coco, mocinho ou vilão da sua saúde?


Óleo de coco faz bem para a saúde? 

Imagem – Visual Hunt

Quando chegamos ao mercado nos deparamos com uma infinidade de tipos diferentes de óleos e gorduras disponíveis. Se olharmos os rótulos das embalagens então, a confusão é ainda maior. São tantos nomes diferentes e opções que ficamos sem saber qual é a melhor gordura para nossa saúde.

Durante muito tempo, as gorduras foram consideradas as vilãs de uma dieta saudável ou mesmo na busca por eliminar os quilinhos indesejáveis.

E a verdade é que as gorduras ou lipídeos são importantes para a nossa saúde, exercem um papel fundamental no fornecimento de energia para o corpo, auxiliam no controle da temperatura corporal, protegem contra choques mecânicos e favorecem a absorção de algumas vitaminas. 

A escolha do tipo de gordura consumida na dieta tem sido alvo de muita polêmica e discussão entre os profissionais de saúde e é assunto frequente na internet e redes sociais. 

Gordura animal ou vegetal? Saturada ou insaturada? 

Vamos tentar entender melhor o que cada uma significa.

O consumo de gorduras insaturadas está associado a melhor controle do HDL colesterol (bom) e redução do colesterol LDL (ruim), o que é benéfico para o nosso organismo.

Gorduras Insaturadas estão presentes nos óleos vegetais (canola, girassol, azeite de oliva, nozes, castanhas, abacate, semente de linhaça), em alguns peixes e frutos do mar, leite de vaca e derivados (queijo e manteiga), carne vermelha, bacon, banha de porco, e em óleos como algodão, dendê e coco. 

A pior de todas as gorduras e que se tornou a base da indústria alimentícia são as gorduras trans, usadas na fabricação de produtos como sorvetes cremosos e biscoitos recheados. Seu consumo está associado ao aumento da gordura abdominal, infarto, acidente vascular cerebral (AVC), diabetes, hipertensão e alteração dos lipídios sanguíneos (aumento LDL, que é o colesterol ruim).

Um óleo que se tornou bastante popular para o uso culinário é o de coco, por ser fácil de derreter, além de facilitar a digestão.

Essas características do óleo de coco impulsionaram seu uso como óleo de cozinha em substituição aos óleos vegetais, manteigas e margarinas, e se tornou o “preferido” e também alvo de críticas quanto ao seu consumo.

Mas será que o óleo de coco pode ser consumido sem nos preocuparmos com nossa saúde?

Imagem – Visual Hunt

Apesar de ser considerada uma gordura saturada, acreditava-se que o óleo de coco, após ser aquecido para o preparo dos alimentos, não conferiria um alto grau aterogênico.

No entanto, as pesquisas atuais apontam que o óleo de coco é fonte de ácido láurico e mirístico que possuem um potencial inflamatório e não devem ser utilizados em estratégias nutricionais de emagrecimento, conforme posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica).

“Óleo de coco é tão prejudicial para a saúde quanto a manteiga e a gordura das carnes vermelhas” 

Esta é uma importante afirmação feita recentemente, agora em 2017, pela Associação Americana do Coração. Ela está embasada em estudos científicos que atestam o fato de que 82% dos ácidos graxos do óleo de coco são saturados,  provocam aumento do colesterol LDL (ruim), aumentado os fatores de risco para a doença cérebro e cardiovascular.

 A AHA recomenda ainda que a população continue a substituir as gorduras saturadas pelas  gorduras mono e poli-insaturadas, destacando-se os óleos vegetais como girassol e o clássico azeite de oliva extra-virgem.

É importante lembrar que o consumo de gorduras é essencial ao organismo humano e que a proporção entre saturadas e insaturadas deve fazer parte de uma alimentação saudável, e respeitando-se a individualidade e necessidade de cada paciente, o óleo de coco pode fazer parte de uma alimentação saudável, sempre orientado por um profissional nutricionista.

Por: 

Natércia Ferreira – Nutricionista

Juliana Loyola Presa – Pediatra

 

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