Guia prático dos tecidos – como escolher o que melhor se adequa às suas necessidades

Lisos, listrados, com estampas geométricas, florais ou em arabesco, das mais diferentes gramaturas e texturas, o universo dos tecidos é amplo e repleto de especificações. Por conta disso, na hora de escolher um tipo específico é preciso estar atento a detalhes muito importantes, como seu uso, produto para o qual será destinado e área onde ficará exposto. Gustavo Celante, sócio proprietário da Adornié Ambientes, loja especializada em tecidos e revestimentos de Curitiba, dá algumas dicas para que a hora da compra não se transforme em dor de cabeça.

Crédito: Projeto Heller Arquitetura. Crédito Marcelo Stammer

Linho:
No quesito adaptação ele ganha de todos os outros. “Por ser um tecido versátil, pode ser usado em almofadas, colchas, tapeçaria e cortinas”, diz Gustavo. Durabilidade e flexibilidade são algumas de suas características mais marcantes, além da alta resistência à tração e ao desgaste, mas por ser uma fibra natural ele amassa com mais facilidade.

Crédito: Raphael Abib

Veludo:
“Com toque macio, o veludo é outro tipo de tecido natural indicado para tapeçaria, almofadas e colchas”, explica Celante. Também encontrado na versão sintética, proporciona um efeito semelhante ao do chenille mas com uma vantagem: um valor mais atrativo: “é um ótimo custo benefício, especialmente por se tratar de um tecido elegante e com valor acessível”, complementa. A manutenção deve ser feita com aspirador de pó, para manter a integridade da trama.

Crédito: Nenad Radovanovic

Algodão:
Um coringa no mundo dos tecidos, é muito usado na decoração. Podendo revestir almofadas e compor colchas, costuma ser utilizado também na confecção de cortinas e na produção de itens de tapeçaria. Gustavo explica ainda que, por se tratar de uma fibra natural e bastante resistente, o algodão figura sempre em enxovais de bebê: “Por não causar alergias no bebê, o algodão é o mais indicado para acessórios de berço, malas de maternidade, protetores, lençóis, edredons e capas de edredom”, diz. E a menos que tenha sido pré-encolhido, este é um tecido que encolherá, dependendo da forma que for lavado, então é importante estar atento às instruções da etiqueta.

Crédito: Nenad Radovanovic

Voil:
“Este é um tecido que se destaca por seu acabamento, leveza e caimento. Estas são características que o fazem ser muito recomendado para a confecção de cortinas, mantas e colchas”, conta Gustavo. Sua composição permite fácil adaptação aos mais diferentes estilos, o tornando o preferido de quem adora fazer uma composição bacana.

Crédito: Nenad Radovanovic

Seda:
Não indicada para tapeçarias e nem pra colchas, a seda se destaca por sua qualidade. Com um toque suave, o tecido é macio e possui boa condutividade térmica, fazendo com que esquente no inverno e esfrie no verão. No que diz respeito aos cuidados necessários, Gustavo explica que as impurezas no ar e luz direta do sol desbotam, com facilidade, as cores, além de enfraquecer o tecido. Embora a seda seja um tecido lavável, é importante ficar atendo às informações contidas na etiqueta, e jamais coloca-la na secadora.

Crédito: Marcelo Stammer

Couro Natural:
Versatilidade talvez seja uma das melhores palavras para definir o universo de possibilidades que este tecido abrange. “Indicado para tapeçaria, revestimento de sofás, móveis e almofadas, confecção de detalhes, o couro só não deve ser utilizado na cortinaria, já que não possui caimento adequado para este tipo de uso”, explica Gustavo. Para limpeza e conservação, basta usar aspirador de pó ou pano seco. Caso algum líquido seja derramado sobre o tecido, basta remover seu excesso e limpar com pano úmido e sabão neutro.

Crédito: Divulgação

Acquablock:
Usado para área externa, o tecido é produzido especialmente para revestir móveis de piscinas, varandas e jardins. Impermeáveis e resistentes à mudanças climáticas, eles garantem a longevidade e também são indicados para quem tem cães e gatos de estimação.

Crédito: Nenad Radovanovic