No mundo corporativo, sabe o que acontece quando trabalhamos com pessoas muito diferente de nós? A resposta é: chegamos a resultados incríveis para problemas naturalmente complexos. Equipes diversas e com mentalidades diferentes pensam melhor e tendem a ser mais produtivas nas empresas.
Um estudo da McKinsey não me deixa mentir: empresas com boa quantidade de funcionários diversos possuem desempenho até 35% maior do que a média geral. E vale ressaltar que equipe diversa é muito mais do que apenas formações diferentes, é também idade e até tributos culturais.
É fato que o assunto não é novidade e já se sabe há muito tempo sobre a importância de profissionais diferentes atuando juntos. Entretanto, o assunto está em voga ultimamente. As empresas estão e busca de talentos que tenham as tão faladas soft skills, que englobam também saber trabalhar com quem é diferente e ter a criatividade para trazer soluções profundas para os problemas.
Mas, ao mesmo tempo, ainda existe uma certa dificuldade em incluir diferentes pessoas e realmente tornar o tema pertinente nas empresas. E não digo isso só por conta das grandes e conservadoras companhias, mas isso também está presente nas startups atualmente. Recentemente, uma matéria de um veículo de tecnologia norte americano trouxe esse assunto à tona: mesmo as startups consideradas como unicórnios não estão ativamente promovendo a diversidade. Muito se fala, mas tudo fica mais no discurso do que na prática.
E, neste sentido, sabemos que a indústria de tecnologia, por exemplo, não é a mais diversificada do mundo, mas estão cada vez mais se propondo a trabalhar para que essa situação seja revertida. Com isso, muitas outras empresas são impulsionadas para promover a diversidade.
Não podemos negar que se pararmos para pensar de forma prática, é muito mais fácil lidar e até conviver com profissionais que tenham ideias parecidas com as nossas. Mas, na visão de negócios, essas pessoas não são complementares e tendem a chegar ter ideias parecidas.
Em um mundo que falamos tanto em inovação e crescimento rápido, a diversidade ganha um cenário cada vez mais de destaque e não é para menos: as empresas que querem alcançar outro patamar de atuação precisam investir em profissionais diferentes, ou vão morrer na mesmice.
Bruno Leonardo é co-fundador e CEO da Witseed, edtech que auxilia profissionais e empresas a atingirem seus objetivos por meio de vídeos com produção cinematográfica. É mestre em engenharia de produção, com foco em gestão e Inovação pela COPPE/UFRJ e Engenheiro de Produção pela UFRJ.