Convide-se para tudo o que puder!
Outro dia cheguei do almoço com um sorriso estampado no rosto. Minha colega de trabalho percebeu e logo perguntou onde e com quem eu havia almoçado. Prontamente respondi: “hoje eu me levei para almoçar no restaurante Sorella e depois para um café com quindim na confeitaria Mais Quindins!”.
Ela fez uma expressão de estranheza e comentou: “não entendi! Como assim, você se levou para almoçar?”.
Eu sorri e expliquei: “exatamente isso! Hoje eu me convidei para almoçar em um lugar que adoro e comer meu doce favorito! Adoro minha companhia!”.
Como percebi que minha narrativa suscitava muitas dúvidas e curiosidades, convidei-a para tomar um café e continuei compartilhando mais sobre aquela vivência tão significativa para mim!
Como o papo rendeu, compartilho também com vocês, por meio desse texto!
Usufrua da sua própria companhia
Eu fui criada para cuidar dos outros, pensar nas necessidades dos outros, ser altruísta, focada e muito dedicada. Ensinaram-me também que eu acharia pessoas no meio caminho que teriam os mesmos cuidados comigo e que juntaríamos as nossas partes e seríamos um ser pleno, uno, magnífico e claro, imaginário e inexistente! (risos)
Por isso, decepcionei-me com o mundo e com meio mundo! Afinal, “eles” não sabiam reconhecer meus sacrifícios e nem correspondiam as minhas expectativas!
Eu não me conformava com aquilo e queria mudar o mundo e a mais aquele meio mundo de pessoas!
Fui em busca de respostas e acabei descobrindo um universo de novas perguntas!
A terapia e o coaching me ajudaram a entender que a gente não muda ninguém, não é responsável pelas escolhas de ninguém, que as pessoas nos tratam como permitimos que o façam e que nossa única opção é acolher, investir e mudar apenas a nós mesmos!
Confesso que esta descoberta me deixou sem chão e sem ar, sem culpados para apontar e com uma baita responsabilidade sobre minha própria vida! Caraca!
Depois do susto, veio uma enorme sensação de empoderamento e alegria de saber que afinal, minha felicidade só dependia de mim!
Decidi então conhecer aquela pessoa que me sorria no espelho…
Por mais incrível que pareça, a gente precisa se conhecer para se tornar íntima de si mesma! Foi preciso me permitir conviver comigo mesma.
Foi surreal sentir o quanto eu estava distante de mim… como não me conhecia, como não sabia minhas potencialidades e limites. Foi triste perceber que eu não sabia ficar sozinha, que tinha medo do silêncio e dependia do outro para me sentir plena. Foi muito doído entender quantas vezes falei “sim” querendo dizer ‘não” só para não me sentir assim.
Mas né? Fui à luta e dessa vez, à luta era por mim!
Fiz aquele faxinão SINISTRO, limpei a mente, o coração, joguei fora pensamentos e pessoas tóxicas, perdi “amigos”, fui alvo de críticas, ouvi palavras de apoio, abri espaço para o novo e iniciei um relacionamento comigo mesma.
Comecei a perceber o quanto sou forte, o quanto posso e principalmente que ninguém é maior que eu!
Levei-me às compras, ao cinema, ao restaurante e ao café! Convidei-me para tudo que pude!
Aprendi, finalmente, sobre a sozinhez, a deliciosa experiência de se sentir feliz e bem acompanhada por si mesma.
Mas eu não queria viver sozinha!
E de novo, tudo isso me deu medo! (risos)
Medo de estar sendo egoísta, de não dar atenção as pessoas importantes da minha vida e até medo de me tornar um ser antissocial!
Mas eram apenas medos…
Os medos são como nuvens…o vento as faz desaparecer em um passe de mágica!
O vento do autoconhecimento me ensinou que nada disso significa viver sozinha, porque a sozinhez não é uma postura de isolamento! É estar bem consigo mesma, sem precisar que o outro nos preencha!
É estar com o outro por escolha!
Descobri, por experiência própria, que a sozinhez é estar em paz com os próprios barulhos e saber por onde a alma gosta de passear. É escolher os próprios caminhos e preencher-se com sua própria presença!
É também acolher o barulho e respeitar o silêncio do outro! É escolher as mãos que queremos segurar na estrada da vida!
Entendi que a sozinhez permite viver aquele que deveria ser o primeiro amor de todo ser humano: o próprio.
E vivendo esse amor próprio, poder amar aos demais, com todo meu coração, afinal só damos aquilo que temos!
E aí? Quando vai ser seu próximo encontro com você mesma?
Um grande beijo,
Dani
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