As duas trocas
Depois do Natal eu tinha dois presentes para trocar. Aproveitei o horário de almoço de sexta-feira e fui.
Cheguei na primeira loja com uma camisa na sacola. Pareceu-me impressão, em um primeiro momento, que a vendedora não ficou muito feliz com a situação. Expliquei que era a troca de um presente de natal e, que se houvesse outra camisa maior, eu já estaria satisfeita. Não havia. Partimos para a troca.
Perguntei o valor do crédito e começou a saga. Primeiro, descobrir o valor da peça. Depois de checar etiqueta, nome da compradora, estimativa de data de compra consegui saber quanto tinha para gastar. Escolhi algumas opções e fui para o provador.
Uma das únicas peças que deu certo foi uma calça. Ao experimentar vi que ficou longa. Perguntei se era possível fazer a barra. A gerente respondeu que, por ser de oferta, não havia como.
Falei que tudo bem e voltei ao provador. Nisso o zíper lateral estragou (ainda no meu corpo). Mostrei a vendedora. Ela foi falar com gerente que se prontificou a mandar arrumar.
Perguntei então se ela podia marcar a barra que eu pagaria a parte.
A vendedora me disse que não.
Contra-argumentei que não havia necessidade da calça passar por duas costureiras diferentes, que isso me tomaria tempo e que não me importava de pagar pelo serviço.
Ainda assim, fui vencida pelas diretrizes da loja.
Meio a contragosto, fui em busca de nova peça… Nada deu certo. Por fim, achei uma calça do mesmo modelo, um número maior que acabei escolhendo.
Já que ia ter que levar na costureira, ajustava e fazia a barra de uma vez só.
Fui pagar. A diferença ficou em quarenta reais. Entreguei o cartão e falei: “crédito”. A vendedora pegou o cartão e respondeu: “débito“?
Com toda a paciência do mundo respondi: “crédito”.
A loja com mais duas clientes ouviram ela gritar em alto e bom som para a gerente: “essa moça quer pagar quarentaaa reais em crédito. Pode passar?”.
Se o objetivo dela era me humilhar, não conseguiu, afinal estou no meu direito de consumidora de pagar como quiser.
A gerente só respondeu secamente: “pode”.
Paguei e jurei a mim mesma que NUNCA mais colocaria meus pés nesse lugar!
Saí pensando o que leva uma equipe de vendas tratar uma cliente assim! Não sei se as peguei em um dia ruim, se foi a troca e ou fui eu o problema…
E lá fui eu para a segunda troca na segunda loja.
A outra troca
Fui recebida pela vendedora da segunda loja com um sorriso. Falei que era troca de um presente! Ela me perguntou se eu já tinha algo em vista.
Falei que queria uma lancheira térmica. Ela me mostrou todos os tipos, modelos e preços.
Escolhi a mais fofa (e mais cara). Bem feliz!
Então, ela perguntou se eu não gostaria de um chaveiro novo para combinar.
Comprei 2.
A troca foi simples e rápida.
Gastei o dobro do previsto, sem dor nem culpa.
Um lugar que eu vou voltar com certeza, principalmente, pelo atendimento que recebi.
Com a palavra: a cliente
Falar que o atendimento e o pós-venda são os diferenciais de um empreendimento é algo óbvio?
Dizer que relacionamento com o cliente é uma das melhores formas de fidelização do cliente é “ensinar o padre a rezar missa?”.
Explicar que o marketing boca a boca pode ser a chave do sucesso de uma marca é para assunto para principiantes?
Contar que cada cliente é um replicador de alta performance, com redes sociais que ultrapassam a média de 1000 seguidores/amigos é “chover no molhado”?
Não sei! Pelo sim, pelo não, achei que cabia o alerta a tantos profissionais que atendem PESSOAS!
Não sou especialista em vendas, mas certamente sou especialista em compras! Então compartilho minhas percepções de cliente com vocês:
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Eu escolho as minhas fornecedoras pela atenção, cortesia e educação com que me atendem.
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Uma equipe de vendas tem que sustentar a vibe do estabelecimento! Uma funcionária mal treinada pode colocar tudo a perder!
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Trocas fazem parte da brincadeira. Quando eu vou trocar uma peça sigo feliz, afinal é uma oportunidade única de comprar algo novinho em folha! (Ou algos kkk)
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Eu indico todos os serviços e estabelecimentos que considero bons! Inclusive faço avaliações no Trip Advisor, Google e no Facebook. (E como indico os bons, poderia apontar os “maus”…)
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Se eu entro numa loja e percebo que estou atrapalhando o bate-papo das vendedoras eu dou meia volta. (e não volto).
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Amo vendedoras honestas, que dizem a verdade sobre as peças e os serviços! No estilo: “essa peça tá legal” ou “Vou buscar outra cor que vai ficar mais bacana!”.
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Adoro lugares que me deixam à vontade para olhar, experimentar e me achar! Nada de vigilância ou insistência!
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Minhas vendedoras favoritas lembram de mim quando tem ofertas ou quando veem uma peça “que é a minha cara” e mandam até a foto pelo Whatsapp!
Para mim, compra e venda é mais que um negócio! É um relacionamento de longo prazo, que suscita respeito, cordialidade e afeto!
Sigo contigo no amor,
Dani
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