Cresci querendo ser professora. Tinha quadro-negro e lista de chamada. Aliás, era a professora Patricia, que vem a ser o nome da minha irmã e que hoje é professora universitária.

Depois encasquetei que seria jornalista. Estava na 7^a série enquanto tentava aprender a equação do 2^o grau, procurava descobrir o que um jornalista fazia.

Meu pai tentou me persuadir a entrar para a Marinha, afinal, ele mesmo construiu uma carreira lá. Minha mãe achava que eu seria uma ótima diplomata e por isso, queria que eu fizesse Direito e depois “Rio Branco”. Confesso, fiz vestibular para Direito também, mas entrar para a Marinha nunquinha me passou pela cabeça. Sorry, Daddy.

Fiz jornalismo, numa época em que o sonho era trabalhar no “Jornal do Brasil”. Mas no último período da faculdade surgiu um professor de TV, Luis Nachbin, que abriu os olhos para o trabalho na televisão, junto com o surgimento da GloboNews. Contrariando tudo e a todos, me formei e fui trabalhar com Internet. Eram outros tempos, onde nossa rede social se limitava a MirC e ao ICQ. Alguém ai lembra?

Trabalhei em ONG, na Fiocruz e no principal programa de informática que a TV já teve (o Hipermídia, bem no início do GNT). Passei pela principal produtora de TV, Cinema e Publicidade do Brasil e fiz parte do Portal X, na época, o maior Portal de Internet do Brasil. Me embreei pelos bastidores de filmes publicitários, pela pós-produção e cai numa agência de internet.

O tempo passou, vim pra Curitiba e conheci o “lado negro” da força do Marketing. E ainda mais, do Trade Marketing. Trabalhei numa agência prestando serviço para uma grande multinacional de alimentos. Não vou negar: amei o Trade Marketing.

E ai chegou o André. E tudo que eu entendia sobre carreira, profissão, mulher bem sucedida foi por água abaixo com aquele serzinho crescendo dentro de mim. E nada do que eu imaginei que fosse, era. Tudo virou de cabeça pra baixo, tudo mudou de cor e de cenário. Mas da mesma maneira, que acredito que sempre fiz, me reinventei. E aqui estou eu, misturando comunicação com cozinha e tentando me encontrar nos mil papéis que efetivamente exerço.
E foi com muito carinho e um tico de orgulho que recebi o convite – aceito prontamente, claro – de ser uma colunista do site do Clube da Alice. Pra quem não me conhece, sou jornalista de formação e cozinheira por paixão. E estarei por aqui para falar, claro, de comida! Algumas receitas, umas pitadas de lugares bacanas e dicas de como deixar a sua cozinha bem equipada e prática para suas aventuras culinárias.

Acho que novas amizades irão surgir e poderemos nos divertir muito por aqui e em várias cozinhas da vida!

 

Renata Vidal / Cozinha da Rê