Essa semana, levei meu filho de 3 anos à dentista, a Dra. Mariana. Estávamos na sala de espera – ele quietinho, com aquele olhar apreensivo, o que não é comum – quando a porta se abriu e apareceu uma “tia” com uma toca cheia de mini Mônicas, Cascões e Cebolinhas! O sorrisão do Vicente foi instantâneo.
Assim que entramos, comentei sobre a toca e ela começou a me explicar: “Você acredita que existem estudos que comprovam que isso ajuda na interação e a gerar empatia com os pacientes? Até mesmo os dentistas não pediatras estão começando a usar…”. Se eu acredito Doutora? Pode crer que sim!
Não só acredito, como esse tema faz parte do meu dia a dia enquanto consultora de imagem. A verdade é que, antes mesmo de você ter a oportunidade de se apresentar verbalmente, seu interlocutor já tem uma imagem formada sobre você.
Bastam apenas alguns segundos para compormos primeira impressão sobre alguém. Não estou falando de um julgamento intencional, no entanto de algo que acontece ao nível de inconsciência. Nesse curto espaço de tempo, nosso cérebro automaticamente analisa se aquela imagem a nossa frente é confiável, parecida ou não conosco, qual seu nível sociocultural, entre outros fatores.
Então, como impactar positivamente os relacionamentos através da imagem?
Antes de tudo, sempre gosto de deixar muito claro que uma boa imagem não depende da beleza física, mas de vestir-se de acordo com a situação, parecer saudável e bem cuidada.
Quando você abre seu armário pela manhã, não está só escolhendo uma roupa, e sim escolhendo como vai expressar o que sente e o que pensa, através da comunicação não verbal. Daí a importância de se atentar não apenas à sua vestimenta, como também com cada detalhe que fará parte da construção da sua imagem: acessórios, cabelo, maquiagem, unhas e perfume.
A essa altura, você pode estar pensando que imagem é só aparência, contudo, não é. Imagem engloba, além de aparência, seu comportamento e a forma como você se comunica.
Seu tom de voz, contato visual, postura e até o modo de caminhar estão transmitindo a mesma mensagem que você fala? Se você tiver boa aparência, mas sua linguagem corporal e verbal não corresponderem, esse ruído pode gerar uma dúvida sobre o que se mostra e o que se é. O resultado dessa interpretação pode ser a falta de credibilidade.
O investigador americano Ray Birdwhistell fez uma estimativa da proporção verbal/não verbal do comportamento e concluiu que até 55% da mensagem é transmitida via linguagem não verbal. Ainda segundo o mesmo estudo, a voz é responsável por 38% e as palavras apenas por 7%.
A Dra. Mariana conquistou o Vicente. Ela conseguiu realizar o próprio trabalho sem gerar nenhum stress e ainda deixou a mensagem para mamãe aqui: de que ela se preocupa com o bem-estar dos pequenos e que sabe o que está fazendo. Entende?