A Vila do Silêncio
A Vila do Silêncio era um lugar lindo que ficava no centro do coração da Terra. De temperatura amena, árvores frondosas e cheiro de café recém coado, enchia os olhos e a alma de quem já chegava. Sabe aquele tipo de lugar que te abraça? Então! Era lá!
E não era só o lugar que te abraçava! Os moradores amavam uns aos outros e cumprimentavam-se com alegria e alegria, acolhendo, nesta mesma vibe, visitantes e forasteiros!
Os moradores viviam felizes e em harmonia e tudo era perfeito! #sqn né?
Mesmo nos mais lindos contos de fadas, sempre tem um “mas”, um “porém” ou um “sqn”…
Os gigantes invisíveis
A Vila do Silêncio recebeu esse nome por conta da grande ameaça que vez ou outra a acercava! Os gigantes invisíveis!
Pensa que danados! Eles chegavam sem serem percebidos e iam comendo os anciãos e doentinhos da vila, sem dó nem piedade!
As famílias dormiam serenas e quando acordavam tinham perdido o vovô, a vovó, a tia da Cucas… Uma tristeza doída que só!
Mas, eles aprenderam a driblar esses malvados! Ao menor sinal de aproximação, todos corriam para suas casas e faziam silêncio! Afinal, eles eram guiados pelos sons e vozerio da população!
E o mais lindo de tudo, TODOS faziam silêncio! Mesmo aqueles que não tinham mais anciãos nem doentinhos para perder! Eles sabiam que o barulho de um poderia ser a RUÍNA de todos e assim, como uma linda comunidade, agiam JUNTOS em pról do bem-comum!
Limpavam todas as casas, portas, janelas e maçanetas com um líquido transparente e precioso, água cristalina das montanhas, que removia o cheiro de gente que eles tinham, que guiava o faro dos gigantes invisíveis!
Quando precisavam de comida, saiam sorrateiros, cumprimentando de longe os caçadores que avistavam e levavam consigo, uma arma secreta, que os deixava invisíveis também, enquanto caçavam: álcool gel!
Estes períodos duravam cerca de duas fases da lua e eram um tempo de recolhimento dos corpos e das almas!
Mas o silêncio era ruim?
Ainda que a ameaça dos gigantes apertasse os corações pelo medo da perda, os habitantes transformavam a quarentena do silêncio em momentos de alegre convivência familiar! Jogavam baralho e jogos de estratégia, liam em família, cozinham juntos, viam muitos filmes legais e oravam pedindo ainda mais proteção ao Senhor!
E assim, o tempo passava tão rápido, que logo os gigantes desistiam de caçar por aquelas paragens e acabavam morrendo de fome, virando leve poeira pelo ar!
Um, por todos e todos por um!
A Vila do Silêncio nos fala do poder da comunidade, da força do sistema e de como nossas ações individuais impactam no coletivo!
Falam-nos sobre empatia e ação conjunta!
Em tempo de Coronavírus, colabore com o bem comum! Mesmo que essa ameaça não se apresente na sua vida e no seu contexto social, colabore e cuide da vida de quem está próximo a você!
Lave frequentemente às mãos, faça uso do álcool gel sempre que necessário, evite aglomerações e cumprimente as pessoas de longe! A amor é energia e se manifesta de variadas formas!
Um por todos e todos por um!
Sigo contigo no amor,
Dani
Este post surgiu do amor! A Dra. Fabiana Esposito me procurou, buscando meu apoio para, por meio da escrita, ampliar as ações de conscientização sobre o Coronavírus! Ela pediu por amor e eu escrevi por amor! ❤