Eu te mãe!

Se você pensa que o tempo corre célere, sem nenhuma cerimônia, acertou parcialmente… Ele corre sim, mas tem um rito todo especial que permeia a vida que nos cerca!

Os meses, neste processo de troca, seguem um ritual bastante solene, onde entregam o planeta de modo amoroso ao próximo irmão que se aproxima.

Abril, que carregava o planeta com vigor e força, embrulhou-o em confortável cobertinha de lã e passou-o aos braços de Maio.

Ao receber o planeta, na exata virada da meia-noite, Maio acolhe aquele pacotinho de gentes com muito amor. Dá um cheiro naquela “cria”, um beijo na testa e começa a sussurrar a mais bela canção de ninar…

Por este motivo, o planeta começa a serenar o coração e se sente amorosamente protegido. É algo mágico que se tem muita dificuldade em traduzir em palavras…apenas sente-se… é uma sensação que envolve e que apenas é… Amor mesmo, porque Maio é o mês “mãe” da Terra e mãe é aquela que AMA!

Maio, a mãe brasileira, mãe síria, mãe palestina, mãe africana, mãe americana, mãe indígena, mãe aborígene, mãe muçulmana… ama. E um ponto final poderia ser, tranquilamente, colocado aqui.

Crédito: Lu Campos do Estúdio Core

Em um mundo de tantos conflitos, diferenças e divergências, “Mãe” é uma expressão de convergência! Não importa a raça, o credo, a cor, a localização geográfica! Há uma unanimidade e unicidade sobre a maternidade. Esta convicção é tão forte, que transcende qualquer idioma… porque o amor é uma língua universal.

E nesta hora afirmo que nossos dicionários estão incompletos… Quando buscamos a definição da palavra amor, encontramos alguns significados, mas falta um, tenho certeza! Mãe, certamente, é uma das mais perfeitas definições de amor que conheço! Deveríamos dizer para alguém que amamos:

“Eu te mãe!”

Pensa na força e amplitude dessa frase!

Eu te mãe porque te amo além da vida, te amo além de mim mesma e sim, sou capaz de viver e morrer por você meu filho!

Eu te mãe desde antes de você existir!

Eu te mãe porque te gerei por meses no meu coração, pois a maternidade transcende o ventre! O verdadeiro amor está na gestação do coração, que enquanto para algumas durou meses, para outras levou anos!

Eu te mãe exatamente como você é! Seu sorriso, seu cheiro, seu olhar, sua risada! E não aceito rótulos sobre quem você é ou o que você pode ser!

Eu te mãe porque teu abraço me faz feliz!

Eu te mãe justamente porque você é único no mundo para mim!

Eu te mãe porque não conheço limites para fazer o que for necessário para sua saúde e bem-estar!

Eu te mãe porque você me faz forte e generosa!

Eu te mãe porque aprendo todos os dias!

Eu te mãe porque você me ensinou o que é o amor!

Ah! Esse amor de mãe! É um sentimento poderoso, que atravessa gerações, ampliando-se exponencialmente! É um sentimento luminoso, que transforma.

É um sentimento arrebatador que ressignifica vidas para sempre!

É um sentimento tão amplo que pode ser manifesto pela mãe, pela tia, pela madrinha, pela irmã, pela avó, pela mãe que virou estrelinha no céu, pelo pai, pelo “pãe”, pela mãe social, pela professora, pela amiga e até de você por você mesma! Sem rótulos, sem receitas e sem limites!

Crédito: Lu Campos do Estúdio Core

Finalizo esta homenagem, agradecendo a minha querida amiga-mãe, Lu Campos que topou fazer vários ensaios fotográficos exclusivamente para este texto, registrando momentos especiais com mães e filhos pra lá de especiais. Juntas, concebemos este projeto com “amor de mãe”! E, claro, meu muito obrigada, a todos que serviram de “modelos” desse amor!

E para vocês, mães na plena acepção da palavra, eu desejo o mais lindo Dia das Mães do Universo, repleto de amor e paz, bem juntinho de todos os seus filhos!