“O que eu quero em minha vida é compaixão, um fluxo entre mim mesmo e os outros com base numa entrega mútua, do fundo do coração. ” Marshall B. Rosenberg
Marshall B Rosenberg, psicólogo americano, criador do método CNV (Comunicação Não-Violenta), desenvolveu um passo a passo por trás de uma grande filosofia natural, que diz respeito ao sentimento de compaixão (aflorado ao estabelecer uma comunicação pura), onde a escuta e a fala se fazem clarificadas, de acordo com as necessidades mútuas.
Em um mundo onde os conflitos, os mal-entendidos e a violência se fazem presentes no dia a dia das pessoas, buscamos ansiosamente por soluções. A CNV é baseada em habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos, mesmo em condições adversas. Problemas entre casais, pais e filhos, chefes e funcionários podem ser suavizados apenas com palavras. Basta aprendermos a reformular a maneira pela qual nos expressamos e ouvimos os outros. Assim, nossas palavras ao invés de serem apenas reações, passam a se tornarem respostas conscientes, firmemente baseadas no que estamos observando, sentindo e necessitando.
Na Comunicação Não- Violenta, Rosenberg aborda quatro passos para estabelecer uma comunicação com o outro:
1- Observação
Primeiro, observe o que está de fato acontecendo em uma situação, sem julgar ou avaliar.
2- Sentimento
Em seguida, identifique o que está sentindo em relação ao que está observando, naquela situação.
3- Necessidade
Em terceiro, perceba qual é a sua necessidade que está por trás do sentimento que você identificou? O que você precisa? Por exemplo: Uma mãe poderia expressar os três itens ao filho, dizendo: “Manoel, quando eu vejo camiseta suja em cima da mesa da sala eu me sinto irritada, porque preciso de mais ordem no espaço que usamos em comum. ”
4- Pedido
Por último, o pedido. Por exemplo: em seguida, a mãe poderia solicitar o que tanto deseja, dizendo: “Você poderia colocar a camiseta suja dentro do cesto de roupa, por favor? ”. E assim, a comunicação se faz de forma simples, suave e respeitosa.
A medida que a CNV transforma nossos padrões de defesa e ataque diante de críticas e julgamentos, vamos percebendo a nós e aos outros, assim como nossas intenções e relacionamentos, por um enfoque novo. Segundo Rosenberg: “Quando nos concentramos em tornar mais claro o que o outro está observando, sentindo e necessitando em vez de diagnosticar e julgar, descobrimos a profundidade de nossa própria compaixão”.
No programa de Inteligência Emocional para Mulheres, buscamos aprimorar a comunicação de forma consciente. Limpar as possíveis influências da imaginação e da interpretação sem fundamento a fim de resolver conflitos.
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Isabella Kobbaz
Psicóloga CRP: 08/22248
www.isabellakobbaz.com.br